domingo, 23 de novembro de 2008

Boca do Inferno

Romance narrado em 3a pessoa - linguagem histórica com expressões chulas - (vulgar) referentes à sátira mordaz do poeta Gregório de Matos Guerra.

Dividis
o em seis capítulos, a saber:

A cidade

Descrição da Bahia do século XVII - "imagem de um paraíso natural - mas onde os demônios aliciavam almas para proverem o inferno" - há também a apresentação do poeta sátiro Gregório - o boca do inferno - (estilo barroco).


O Crime

Francisco Teles de Menezes é emborrado por 8 homens encapuzados, tem sua mão arrancada do braço e é morto por Antônio de Brito -o motivo se deu por perseguição política - estarão envolvidos no crime: Ravasco - irmão do Pe Vieira e Moura Rolim - primo de Gregório. Os homens fogem para o Colégio dos Jesuítas, mas o governador da Bahia - Antônio de Sousa Menezes, O Braço de Prata, será avisado e começará uma terrível perseguição contra todos envolvidos.


A Vingança


Antônio de Brito será torturado e delatará os envolvidos - Viera será perseguido - mas por representar a igreja e o poder papal o governador releva mas quer o irmão Bernardo Ravasco preso e destituído do cargo de Secretário do Estado.
Ao tentar proteger a filha Bernardina Ravasco - Gregório conhece Maria Berco que será presa ao saber que ela possuía a mão e o anel do Alcaide, o anel será penhorado.
São confiscados de Bernardo documentos escritos e os poemas de Gregório. Bernardina é presa para pressionar Ravasco a se entregar.


A Devassa


Rocha Pita é nomeado desembargador para investigar a morte do Alcaide. Palma, também desembargador, nega a vingança planejada pelo governador e por falta de provas, exige a soltura dos envolvidos, mas para soltar Maria Berco - Gregório teria que pagar uma fiança de 600 mil réis.


O Destino


Bernardino é libertado e expatriado - O governador é destituído do cardo e o marquês de Minas nomeado para substituí-lo e restituir o cargo de secretário a Bernardo Ravasco e se apresentar imediatamente ao Rei de Portugal, mesmo assim sai do Brasil com muitas riquezas. O próximo governador - Antônio Luís da Câmara Coutinho também será satirizado pelo poeta Gregório que terá sua morte encomendada, mas só o próximo governador - João de Lancastre é que conseguirá prendê-lo e expatriá-lo para Angola, volta mais tarde para Pernambuco mas será proibido de escrever suas sátiras. Volta a advogar e morre em 1695 aos 59 anos. - Pe Vieira lutará por justiça social através de seus sermões - morre cego e surdo em 1697. - Bernardo Ravasco - recebe sentença favorável ao crime contra o Alcaide e é substituído pelo filho Gonçalo Ravasco. - Maria Berco - ficará rica mas deformada, rejeita pedidos de casamento à espera do poeta Gregório que se casa com uma negra viúva - Maria de Povos - mas não se afasta da vida de devassidão pelos bordéis da cidade. - "se eu tiver que morrer, seja por aqui mesmo. E valha-me Deus, que não seja pela boca de uma garrucha, mas pela cona de uma mulher". - A cidade da Bahia cresceu, modificou-se o cenário de prazer e pecado - cidade onde viveu o poeta Boca do Inferno.



PERSONAGENS

Gregório de Matos Guerra - poeta do Barroco. O boca do inferno - genial canalha - fazia críticas mordazes aos políticos da Bahia do século XVI. Padre Antônio Vieira - em seus sermões e cartas, atacava o clero brasileiro e políticos, revelando a seus fiéis as contradições sociais. Antônio de Sousa Menezes - governador da Bahia - O Braço de Prata. Gonçalo Ravasco - inimigo de Antonio S Menezes

Um comentário:

keven disse...

é um livro bastante interessante pois necessita bastante atenção se não ter atenção será bastante dificil entender o livro